O DJ Skrillex, maior nome da música eletrônica americana atual, tocou no segundo dia do festival (Divulgação)
Grande nome da eletrônica mundial atual, o americano Skrillex (codinome de Sonny Moore) mostrou em show neste domingo, no festival Lollapalooza, porque é o elo perfeito da geração mais nova, que divide (e perde) atenção entre diferentes mídias eletrônicas. Com um show repleto de informações visuais e sonoras, Skrillex agregou e agradou a garotada com facilidade.
Com 25 anos, da mesma faixa etária que a maioria do seu público -- jovens nascidos após o advento da internet banda larga, que muitas vezes parecem sofrer de Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) -- Skrillex, esperto e inquieto, desponta como um ícone da geração Y -- ou DDA.
Galeria: Confira as imagens do festival Lollapalooza
A tenda do Perry, reservada para as atrações eletrônicas, já estava lotada há tempos quando Skrillex começou seu set, às 19h10, com atraso de dez minutos. Com grande expectativa, o público vibrou ao ver o moleque esquisito, magrelo e de cabelos compridos entrar no palco. Ele não perdeu tempo e mandou logo um som característico do dubstep, com batidas quebradas -- o gênero deriva do dub, mas lembra mais um drum n' bass, só que mais lento. Cada música vem acompanhada de uma imagem diferente no telão, a maioria de filmes B dos anos 80 e desenhos animados japoneses.
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Skrillex dialoga menos com o público verbalmente do que músicos de rock e pop, mas aposta em gestos com as mãos e não para de dançar um minuto sequer. Ainda assim, a reação causada pelo DJ no público é bastante semelhante àquela que roqueiros provocam. O público canta junto músicas mais famosas produzidas por ele, como I'm Breaking a Sweat, que fez ao lado dos integrantes remanescentes do The Doors. E, na falta de ídolos roqueiros, a "geração DDA" tem em Skrillex uma espécie de substituto.
O rock é um dos estilos em que ele investe, mas também reggae, pop, rap e funk. O último gênero vem na música Make that Booty Clap, que é acompanhada por bumbuns gigantes rebolando no telão, para o delírio da plateia.